Por Ana Paula Naffah Perez – Diretora Comercial C+A
A arte de transformar o desejo do cliente em projetos bem estruturados é um dos desafios do profissional da arquitetura. O resultado precisa refletir, já no desenho, as necessidades desse cliente com a maior riqueza possível de detalhes, seja na construção ou reforma de uma casa de campo, escola ou de um hospital de alta complexidade.
Na tradição do desenho arquitetônico, os mestres usavam lápis e papel para transformar o que imaginavam em perspectivas artísticas e descrições de halls, portas, janelas, texturas e mobiliário. Hoje, perspectivas virtuais, feitas a partir de softwares, são capazes de edificar realidades tridimensionais com uma incrível semelhança com o produto final.
Esse tipo de tecnologia vem sendo aprimorada rapidamente e, atualmente, nos permite apresentar ao cliente uma maquete eletrônica, bem como imagens bastante fiéis de como ficará a obra pronta. É quase como ver uma fotografia do espaço, tal é a riqueza de detalhes.
Dessa forma, o cliente pode viajar no tempo, visualizando o seu edifício no futuro. A tecnologia permite realizar escolhas mais acertadas, tirar dúvidas pontuais a respeito de elementos específicos, pedir mudanças com clareza. A execução de todo o trabalho se torna muito mais rápida e eficiente. E, claro, não custa lembrar, tempo também é dinheiro.
A perspectiva favorece o cronograma dos projetos, já que permite uma correção mais otimizada de rotas. A comunicação entre o projetista e o cliente torna-se poderosa, evitando mal-entendidos que palavras podem causar. Isso acontece, principalmente, na visualização das áreas internas, mostrando como o espaço físico interage com o mobiliário, equipamentos e acabamentos.
Tudo o que é preciso ver, desde a estruturação básica até o detalhamento, cores e iluminação em diferentes horários, podem e devem estar presentes na perspectiva. Esse cuidado faz toda a diferença na escolha adequada do revestimento, por exemplo. No caso da arquitetura hospitalar essa ferramenta é um diferencial quase obrigatório, considerando-se a diversificação dos setores dentro de um hospital, bem como os altos investimentos que são feitos tanto durante a realização do projeto quanto na futura acomodação de leitos e equipamentos.
Há, ainda, que se direcionar um olhar especial para a ergonomia, a adequação das salas, a mobilidade e, claro, para a segurança dos profissionais da saúde e pacientes. Ter acesso a perspectivas realísticas do projeto de um hospital faz diferença nos resultados.
É motivador ver como a tecnologia leva os projetos a outro patamar. Com esse nível de precisão, os projetos arquitetônicos hoje possuem uma verdadeira capacidade de viagem no tempo, trazendo o futuro para o presente.